terça-feira, 1 de maio de 2012

O híbrido de classe!


Os Mercedes Classe E (híbrido e eléctrico puro) que a Brabus fez em edição limitada, atiçou o apetite da Mercedes-Benz, pela aceitação. Enquanto a parceria com a BYD chinesa vai de vento em popa, os alemães  cutucam sua prepraradora oficial para o aprimoramento de um híbrido que leve o nome da marca e a estrela de três pontas na grade. Para isso, na surdina, se vale também da Protean Electric, para desenvolver seus próprios hub motors. A americana tem tradição de fazer conversão em tudo que é carro, mas acabou se especializando em Mercedes-Benz e picapes full-size.

O híbrido tem um motor turbodiesel de 2,2l que trabalha em conjunto com os dois hubmotors na traseira, cada um com aprazíveis 110cv de pico e 81,5kgfm. Resultado, além de 30% a mais de autonomia por litro de diesel, é um carro de duas toneladas (familiar e de grande compromisso com o conforto) acelerar de 0 a 100km/h em 7,4s. Fora a arrancada do torque máximo instantâneo.

As baterias é que decepcionam, são apenas 15kWh, ou 20,4cv em células de íon de lítio, que até permitem andar um pouco só no modo eléctrico, mas não inflacionariam o preço e não ocupariam espaços indevidos, se fossem 50cv devidamente distribuídos sob os bancos e console central; até baixaria o centro de gravidade.

O desenvolvimento destes motores eléctricos, tão compactos que mais parecem mecanismos de embrenhagem dentro das rodas, custou muito caro. O par acrescenta US$ 55.000,00 aos cem mil que o Classe E Brabus já custa, no mercado americano. Bem, trata-se de tecnologia de ponta, que ainda não tem produção em larga escala e é destinada a um público que não só não dá a mínima para preço, mas também está disposta a pagar extra para ter alguns privilégios a saber:

  • Sabem que estão financiando uma tecnologia extremamente necessária, que poderia ter salvo a tradição dos carrões, nos anos setenta, e evitado que aquela crise petrolífera ganhasse as dimensões que ganhou;
  • Sabem que estão participando de uma tradição secular da Daimler-Benz, de deixar, de tempos em tempos, os outros carros do mundo inteiro obsoletos, da noite para o dia;
  • Sabem que estão ajudando a economizar um mineral que escasseia com rapidez, usando um propulsor que pode comer óleos vegetais, estes que só emitem o carbono que a planta já tinha extraído, durante seu crescimento, ou seja, poluem virtualmente nada;
  • Sabem, principalmente, que seus vizinhos gordos e acomodados não têm um carrão assim, mesmo que tenham dinheiro.
A apresentação se dá na SAE Wolrd Congress, em Detroit. Os interessados são muitos, mas discretos, já fazendo suas encomendas. Os preços são estimados, pelo Autoblog Geen, com base no que a Brabus costuma cobrar de seus clientes. Em apenas dezoito meses, com a produção seriada, em vista do sucesso, os hubmotors do Classe E sairão pela pechincha de US$ 1.800.00, cerca de R$ 3.000,00 na cotação de hoje. Mais barato que esses motorzinhos 1.0 vagabundos e recusadores de rertífica que temos hoje.

Tramita no congresso, um projecto que isenta carros eléctricos e híbridos dos impostos untrajantes que incidem sobre eles. Obra de um parlamentar que percebeu a incoerência de um Fusion Hybrid servir a presidência de um país que hostiliza o motor eléctrico. Se em dezoito meses, aproveitando-se do alvoroço que o Chachoeira instaurou, conseguindo assinaturas facilmente, quem sabe os Mercedes Híbridos não desembarcam por cá com a nova tecnologia, por metade dos R$ 400.000,00 cobrados por um Classe S Hybrid ?

O projecto de lei, já aprovado pela comissão, é do Deputado Federal mineiro Irajá Abreu, visa a produção local, mas também beneficia importados e peças para a produção. Daí para a liberação do diesel para uso de turismo, é um pulo. Notícia completa, ver aqui.



Ah, sim, estou devendo um artigo sobre o LincVolt, o Lincoln Continental Mark IV 1959 que Neil Young converteu. Não esqueci, mas esqueço sempre, na correria e na minha caduquice acelerada. Mas asseguro que publico antes de morrer... Ou mando um médium de confiança fazer o serviço sob minha supervisão.


Website da Brabus, clique aqui.
Website da Protean, clique aqui.
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