segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Passat GTE para eles, Outlander PHEV para nós.

Fonte: Motor Authority
  Os números são impressionantes, não tanto por eles em si, mas pela máquina que os produz. O compacto motor transversal de quatro cilindros em linha 1,4l turbo que gera 156cv, o robusto motor eléctrico que despeja mais 114cv instantâneos, resultando 270cv, ainda que apenas em picos de aceleração. Com isso faz a média de 50km/l, permitindo rodar até 1000km nas velozes estradas alemãs; Nem todas são autobahns de velocidade livre, mas os limites quase sempre são bem altos. Com isso um carro familiar de porte médio-grande acelera de 0 a 100km/h em 8s, e chega a bons 220km/h, depois disso o limitador corta a potência.

  O carro em questão é o Passat GTE 2015, que será vendido na Europa no segundo semestre. Externamente ele pouco difere da versão de motorização simples: Filetes azuis na grade, molduras de leds nos extremos do pára-choques, rodas maiores, volante com a parte inferior achatada e alavanca de câmbio revestida com couro.

  No modo puramente eléctrico ele roda pouco mais de 50km à máxima de 130km/h, em média, antes de o motor a combustão ser ligado. Mais do que os cerca de 30km em que tinha empacado, antes de a própria Audi chacoalhar o grupo de sua letargia iônica. O acanhado pacote de baterias tem apenas 9,9kWh de potencial.

Fonte: Motor Authority

  De resto é o mesmo Passat que o mundo, exceto a VW do Brasil, aprendeu a respeitar e admirar. confiável, robusto e de durabilidade bem afamada. Repleto de equipamentos modernos e acabamento honesto, até um pouco acima de sua proposta de carro de classe média para média-alta.

  O preço previsto do pacote aliado ao luxo já tradicional da linha Passat, é de 40.000,00. Infelizmente a tomada de recarda na rede o deixa fora dos incentivos que o governo dará aos híbridos, o que manteria seu preço de importação acima dos R$250.000,00. Por isso mesmo não há planos declarados de trazer o sedã e sua perua Variant para nosso mercado... A Mitsubishi agradece, a Variant seria a única concorrente da Mitsubishi Outlander PHEV, que chegará por "módicos" R$ 200.000,00.


  Por ser um fora de estrada, não sofrerá a concorrência directa do Fusion Hybrid. A potência combinada de 285cv e o torque de 53,3 kgfm, maior do que o de muitos caminhões 3/4, asseguram ao 4X4 não só desempenho agradável, mas também um destemor pelos atoleiros que agradará muito aos nossos fazendeiros mais abonados. Ele ainda conta com o recurso de simulação de ruído em baixa velocidade, para alertar os pedestres de sua aproximação, já que até os pneus são bem silenciosos.

  Agora, qual a maior vantagem da japonesa sobre os irmãos alemães, além da versatilidade de um utilitário esportivo? São duas. Primeiro é que ela vem e tem data para isso, no primeiro trimestre de 2015 (antes de o GTE ser vendido lá) quem puder já poderá tirar a sua da loja. A segunda é que tem grandes chances de ser nacional, basta que as vendas animem o Senhor Eduardo Souza Ramos e teremos o primeiro híbrido montado no Brasil, talvez com preços um pouquinho menos salgados.

  São quatro modos de funcionamento. Tração dianteira só por baterias, tração integral só por baterias, tração integral com auxílio do motor a combustão e motor a combustão apenas gerando energia. Só isso já deveria torná-la tão cara quando o Passat. O consumo é praticamente o mesmo, graças ao discreto coeficiente de penetração aerodinâmica, Cx de 0,30 o mesmo do saudoso Kadett GS, que é um esportivo. O pacote de baterias é um pouco maior, são 12kWh instalados, que garantem uma autonomia maior no modo puramente eléctrico. Para nós o simples facto de ter a vinda confirmada já é uma vantagem imensa, por isso o vídeo abaixo é dela.

  Agora... Valem tudo isso? Sim, valem. Assim como um anel de brilhantes vale o que cobram por ele, mas daí a alguém se prontificar a pagar por ele vai outro capítulo da novela. Em ambos os casos a autonomia eléctrica foi conseguida em condições difíceis de acontecer, normalmente um híbrido roda o dia todo na cidade só com as baterias. Ao fim da vida útil, que a prática provou ser maior do que a divulgada pelos fabricantes, basta o proprietária fazer valer seu poder de consumidor e pedir que a marca se encarregue delas, o que é economicamente vantajoso para eles, é matéria-prima que não precisará ser extraída, transformada, neutralizada, etc. Como é com o alumínio hoje em dia.

Mais detalhes, clicar aqui, aqui e aqui.

Um comentário:

  1. Eu não confio em médias de consumo anunciadas para os híbridos plug-in, que normalmente são incrementadas pelo uso da rede elétrica e dum cálculo de equivalência ao consumo de gasolina.

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